Acho importante esclarecer como o nosso entendimento sobre a alta habilidade de Pedro vem se construindo ao longo do tempo.
No início, apesar de sabermos que Pedro tinha uma inteligência peculiar não associávamos isso à superdotação.
Como eu e meu marido tivemos lá as nossas precocidades quando éramos crianças, imaginávamos ser natural que com ele se desse da mesma forma.
Tempos depois tive acesso a farto material sobre a Educação Especial e da longa lista de características que li Pedro encaixava-se em muitas delas.
Desse momento em diante meu marido manteve o entendimento que tínhamos até então e eu passei a investigar um pouco mais sobre a superdotação.
Essa investigação, se serviu para aprimorar nossa relação em casa, não serviu para impedir os problemas com as escolas.
Eu ainda não tinha estudado o suficiente: não sabia, por exemplo, que essas crianças são sujeitos de um rol de direitos previstos em lei; não sabia que há o tipo clássico de superdotados, o escolar e o criativo-produtivo, caso de Pedro.
Entender que pedir alguma ou outra flexibilização por parte da escola não é incomodar, mas sim defender um direito de seu filho faz toda a diferença.
Outro passo importante para nós e, acredito que pelos relatos que tenho lido, de outros pais também, é a avaliação. A partir da posse de um laudo o trato com a escola terá como ponto de partida um diagnóstico dado por profissionais. O laudo evita desgastes desnecessários. Evita, por exemplo, que achem que você quer privilégios para o seu filho.
Neste momento, o entendimento principal que absorvemos, eu e meu marido, é que ao procurar uma escola, nós, pais dos PAH, devemos estar atentos ao nível de inclusão das diferenças que esta escola mantém, porque as suas chances de ter acertado são muito maiores do que as que nós tivemos até agora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário