sábado, 23 de julho de 2011

Zoo/ Rio: de dia ou de noite? Se você falar baixinho sugiro os dois!

Passeio ao zoológico com criança é bater e valer: agrada sempre!

Tartarugas, iguanas, hárpias, pavões e cobras, se não fazem a alegria de toda a criançada, pelo menos aqui em casa são os preferidos.

Este mês tivemos a oportunidade de ir ao Zoo duas vezes: uma pela manhã e outra à noite, no projeto Zoo Noturno.

E, se no primeiro caso os bichos acima fizeram a alegria de Pedro, na visita noturna outros bichos encheram os seus olhos (e imaginação!).

Para visitar o Zoo à noite é preciso agendar e pagar com antecedência. E foi o que fizemos.

Na noite do dia 14/07 lá estávamos eu e Pedro, integrantes de um grupo de cerca de 35 pessoas, quase a metade formada por crianças ansiosas e aventureiras.

Antes de entrarmos a alameda que dá acesso ao Zoo foi enfeitada por tochas e uma caixa de som cuidadosamente disfarçada pelo escuro começou a amplificar os sons da natureza.

Por volta das 18h o portão se abriu, mas não pudemos entrar: uma funcionária informou que era preciso responder à uma chamada de presença e ouvir algumas recomendações. 

As crianças, neste momento, é claro, já estavam todas alvoroçadas pelo escuro, pelo fogo e pela curiosidade. 

Pedro e os outros meninos faziam muitas perguntas à senhora, que às respondia, mas também passava os seus recados: "não pode usar lanterna de luz branca; não pode falar alto; não pode falar muito..." Tudo isto para não assustar os bichos de hábitos diurnos e para não espantar os de hábitos noturnos. Ah, a senhora também alertou que é preciso usar o banheiro na chegada porque "se der vontade no meio do passeio não tem como voltar!"

Mas, se a primeira impressão é realmente a que fica, não começamos bem: percebendo que as perguntas estavam demais, a senhora começou a impacientar-se. Para Pedro disse: "Se este aqui começar a atrapalhar tranquem ele na jaula das antas!". Dá para acreditar?! Eu pensei: "Não acredito que estou pagando por isto!".

Relevei o "incidente", afinal de contas tratava-se do primeiro passeio noturno de Pedro! Respondi à chamada e entramos. Quem nos recebeu foi um biólogo e duas estagiárias mas, a segunda impressão também não foi muito animadora: o biólogo falava a todo o tempo que havia muita criança, pedia às estagiárias (gentilíssimas) estado de alerta e atenção o tempo todo.

O biólogo, então, explicou as regras do passeio noturno: tratava-se de uma visita guiada, portanto precisávamos ficar juntos o tempo todo; também reforçou todas as regras descritas anteriormente- não pode usar lanterna o tempo todo, só pode tirar foto quando ele autorizar, não pode falar muito nem alto...

Vencida esta primeira etapa começamos o passeio um pouco tensos, vigilantes de nossas crianças e ainda bem que essa tensão se dissipou aos poucos. Conforme as formalidades iam sendo deixadas um pouco de lado abandonávamos, aos poucos, a má primeira impressão.

Jacaré, tatu, macaco, bicho-preguiça, cobra: todos fazem parte do circuito. 

As crianças (e os adultos) vibram ao entrar na jaula das antas e ao alimentá-las. Vibram também ao conhecer de perto o sapo-cururu e ao segurar a jibóia arco-íris.

Meu pequeno cientista gostou muito da visita e quer voltar. Ah, e a "tia do portão de entrada" nem foi lembrada ao final do passeio. Que bom!

Para o Zoo/Rio deixo uma sugestão: se as crianças realmente atrapalham, limitem a quantidade quando do agendamento do passeio. Do contrário fica frustrante para elas e para os pais.

O passeio é muito bom e é uma chance de ver uma significativa parcela dos mamíferos brasileiros, afinal de contas, 3/4 deles têm hábitos noturnos. E isso eu aprendi com o Zoo Noturno! 

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