sábado, 9 de julho de 2011

Consultando um neurologista

"O menor Pedro (...) apresenta inteligência superdotada, com hiperatividade do quadro, necessitando de assistência psicopedagógica e de condutas adequadas. Não tem necessidade de medicação."
Moacyr Pereira Cordovil
Neurologia Pediátrica


Anteontem estive com Pedro no neurologista. 

A escola anterior insistiu tanto na tecla "o seu filho não está normal" que resolvemos tirar isso a limpo.

O resultado da avaliação está bem acima e ela toca em um ponto que se não for bem entendido pela escola  e pelas pessoas que lidam com uma criança superdotada a convivência pode se tornar difícil, ou até mesmo impossível.

O Dr. Moacyr fala, em seu laudo, sobre a "hiperatividade de quadro" (no caso, a hiperatividade típica do quadro de superdotação). 

Ele me explicou que crianças como Pedro podem apresentar comportamento hiperativo, agressivo e opositor quando inseridas em um contexto que simplesmente não as entende. 

Ou seja, transportando essa informação para a escola, se esta não  não sabe como lidar com a superdotação, certamente essa criança vai apresentar comportamento (transitoriamente) hiperativo. 

Cessada a causa, cessa o comportamento. 

Ou, em outras palavras, achando a escola certa para o seu filho, os problemas de comportamento diminuirão vertiginosamente.

Além de estar atenta para que Pedro esteja em uma escola inclusiva, a segunda recomendação do médico foi o acompanhamento psicopedagógico feito por profissional especializado em superdotação. Esse acompanhamento é importante para que a criança consiga lidar com o dilema de querer se inserir no grupo formado por seus pares ao mesmo tempo em que se percebe diferente deles por ter uma inteligência diferenciada.


Acho que não! 


9 comentários:

  1. Pior é que nem todas escolas estão preparadas pra isso,não é? Uma bela busca é necessária.beijos,tudo de bom,chica

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  2. Chica tem razão. Eu desejo que consiga uma escola que atenda as necessidades do Pedro. Conte-nos depois como estão recebendo-os nas escolas. Beijo

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  3. Olá, meninas. Contarei sim. Ainda não começamos as visitas mas já sabemos em quais iremos. No fundo, no fundo, acho que estamos numa espécie de hibernação para recomeçarmos tudo mais uma vez. Bjs!

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  4. Concordo que a maioria dos SDs nao precisam de medicaçao,e que as escolas precisam se atualizar sobre a questao.Mas nós nao podemos usar deste diagnóstico para perdoar comportamentos inadequados.e precisamos educar nossos filhos que tem o diagnóstico de superdotaçao e ensiná-los que por serem assim, merecem regalias e nao precisam se adequar as normas da escola.

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  5. Sim, e é ai que entra a psicopedagoga para ajudar-nos a fazê-los ver o mundo como o mundo é.

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  6. Ao Anônimo aí de cima eu queria informar que todos concordam que é necessário dar boa educação a qualquer filho. Inclusive aos filhos com necessidades especiais do tipo "capitis diminutio".
    No entanto, o diagnóstico e as pessoas que se manifestaram não dizem que se deve incentivar comportamentos inadequados ou inocular nas crianças a ideia de que por possuirem Altas Habilidades têm licença para fazer qualquer coisa e se tornarem reizinhos. Dizem sim, que essas crianças merecem condução a partir das bases da psicopedagogia. Por isto mesmo o diagnóstico indica o acompanhamento psicopedagógico.
    Não será com vara de marmelo, puxões de orelha, safanões e palavras tipo "quieto", "calado", "voce é uma pestinha" ou excluindo as crianças de atividades do grupo, que uma escola vai ensinar-lhes limites.
    Em resumo, muito alem dos pais, há que haver intervenção da psicopedagogia. Claro que, considerando a má formação e qualidade profissional das "psicologas" que comumente se encontras nas escolas, em especial nas particulares, os pais têm que ter muito cuidado ao selecionar a quem confiar as crianças.

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  7. Bem, acho que todos concordamos que queremos nossas crianças educadas, mas também queremos encontrar ambientes saudáveis para que se desenvolvam.

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  8. Eu sou o anônimo 1
    Ninguém disse em bater e beliscar ,que horror isso é inadmissivel em qualquer escola nos dias de hoje.O que reitero é que a superdotaçao é apenas uma da inúmeras facetas da personalidade de uma crianças ,e usar esta condiçao para desculpar tudo "culpando" a superdotaçao para todos os os problemas pscologicos de comportamento ou desvio de personalidade é irresponsável.Nao digo que este seja o seu caso mas é preciso se esclarecer as duas faces da lua ,nao só a que nos conveém

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  9. Gente, stop!
    Esse é um blog que mostra todas as facetas da lua. E não só a que me convém! Mostro a superdotação, os problemas que enfrento, as características de personalidade que influem nisso tudo e abordarei tudo o mais que julgar necessário para trazer a questão para o mundo real. Um ponto é: muitas dessas crinças precisam de suporte adicional pela assincronia entre o intelecto e a maturidade em emocional. Mas não é um mundo florido, não é mesmo!Bjs!

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