quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Insulto

"É possivel sair da petrificação causada pelo insulto e ainda manter a sabedoria para voltar a sorrir".

Li essa frase na Revista Psique desse mês, em um artigo sobre o insulto, e não pude deixar de pensar em Ana Paula e sua família, que vêm enfrentando um grande insulto: suas crianças, aceleradas na escola, foram "convidadas", pela Delegacia de Ensino, à regredir para as séries escolares correlatas às suas idades, ou seja, querem que as crianças "andem para trás"!

No artigo em que li, o insulto é apresentado em sua forma maior, mais grotesca difamatória e vexatória: o holocausto. O autor demonstra que mesmo em casos extremos é possível escolher como lidar com o insulto: no caso do holocausto, alguns sobreviventes acharam insuportável admitir que a vida pudesse permitir que pessoas subjugassem pessoas daquela forma, e sucumbiram; já outros, após libertarem-se do trauma, renasceram.

Sei que para a família de Ana não é preciso dizer que é possível sorrir diante do deboche que o sistema educacional está lhes oferecendo. Ana é pessoa rara e especial e sabe tirar sabedoria de suas vivências, as quais  faz a gentileza de compartilhar conosco no blog Abrindo Clareiras.



Aliás, acho até que errei o nome desse post; o nome que lhe cabe, na verdade, é Solidariedade.

2 comentários:

  1. Paula, não é fácil mas é possível principalmente quando nos chega 'solidariedade'. Só na Educação do nosso país quantos insultos, muitas vezes calados... Escolas de lata, será mesmo que deixaram de existir? Crianças que caminham horas para chegar na escola... e infelizmente quantos exemplos.
    Este caso específico envolvendo uma parte da educação especial, que é a superdotação, merece como todos os outros olhar, atenção e medidas cabíveis para que os insultos não voltem a ocorrer.
    Estamos fazendo a nossa parte e agradeço o apoio de vocês.

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  2. Olá Ana, nem preciso dizer que esta casa é sua também! Beijos!

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