segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Uma Branca de Neve meio malvadinha (ou será que mais realista?)

Uma Branca de Neve que sucumbe somente após duas tentativas mal sucedidas por parte de sua madastra...

Uma madrasta que, ao receber o coração de Branca de Neve, manda que ele seja preparado para que deguste a "iguaria" no jantar...

Um príncipe que não dá um beijo salvador na princesa. Na verdade, ela acorda após cuspir a maça que estava entalando a sua garganta...

Uma madrasta que é convidada para o casamento de Branca de Neve e que recebe, de "brinde",  sapatos de ferro de uma vingativa ( ou mais real?!) Branca de Neve.

Essa versão francesa de Branca de Neve faz parte do livro Contos de Fada da coleção Meu Primeiro Larrouse.



É inevitável, Pedro tem comparado as versões larroussianas com as da Disney e já anda impressionado sobre como nas terras de nossos vizinhos americanos tudo acaba bem.

Estamos fazendo a coleção, que já caminha para o fim e, tenho percebido que os franceses têm uma abordagem muito mais realista das coisas. 

Diante disto, eu também vinha me perguntando se deveria ou não mostrar para Pedro abordagens diferentes da que já conhece, até que li a reportagem do pesquisador de literatura infantil, o britânico Peter Hunt, que afirmou para a Revista Nova Escola

"É no mínimo arbitrário supor que os pequenos desejam sempre histórias com final feliz. A fantasia deles é muito maior que a dos adultos."

Peter Hunt escreveu, ente outros, o livro Crítica, Teoria e Literatura Infantil, publicado no Brasil pela Editora Cosac Naify.

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