Foi na Faculdade de Pedagogia que descobri a importância de se narrar uma história de vida.
Ao escrevê-la o autor consegue revisitar o seu passado, organizar o presente, projetar o futuro; enquanto que o leitor tem a possibilidade de se apropriar de uma experiência que, se antes da leitura não lhe pertencia, passa a ser parte dele próprio a partir de então.
A partir das emoções descritas pelo autor da narrativa o leitor tem a oportunidade, ele mesmo, de pensar e repensar sobre as suas próprias emoções e dilemas.
No meu caso, o que senti e vivi como mãe de Pedro já era tão maior que eu que precisava virar texto.
Há um filme de que gosto muito chamado Narradores de Javé. Nele, uma pequena cidade brasileira é ameaçada de sumir do mapa em nome do progresso. Ao mesmo tempo em que os moradores se dão conta de que podem salvar a cidade se ela for considerada importante pelas autoridades em razão de algo que a singulariza, no caso a sua sua história, resolvem escrevê-la. A partir de então, a história do vilarejo do Vale de Javé passa a ser narrada por um povo analfabeto e escrita por um carteiro esperto.
Por tudo isso é que ao escrever a história de Pedro pretendo não só motivar pessoas, mas nos reinventar.
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