Pedro ama os dinossauros.
Todos eles.
Quando crescer diz que vai ser paleontólogo.
Na escola, em todos os desenhos, sempre dá um jeito de encaixar um dino ou outro. Mas a escola não fala sobre os dino...
Talvez venha daí a implicância de Pedro com a professora. Desde o primeiro dia de aula ele decidiu que não gosta dela.
Outro dia ela disse para ele que é a mamãezinha dele na escola. Ele disse para mim que não precisa de outra mãe, mesmo que seja no horário da escola.
Pedro quer saber quanto tempo falta para que faça seis anos. Diz que aí, finalmente, vai se livrar da professora.
Hoje foi o dia do aniversário da professora. E houve uma festa.
Pedro mencionou essa festinha e depois não disse mais nada. Até que começou a ficar inquieto- dois dias antes da tal festa, ou seja, no sábado e no domingo.
No domingo fez um desenho da professora, em que "ela se dava mal", como disse.
Mais tarde, soube através da agenda que Pedro não teve um bom dia na escola, que no aniversário foi pior ainda e que bateu na professora. Isso, é claro, ao mesmo tempo em que falava o quanto não gostava dela.
No momento em que escrevo estas linhas pergunto a mim mesma diferentes coisas.
O que a escola e a professora representam para Pedro?
O que eu devo fazer?
Como será o dia de amanhã?
O momento é de agir: hoje recebi o laudo em que se confirma sua superdotação.
Mas, como agir?
Como abordar o assunto com a escola?
Não sei bem, mas preciso saber.
Até amanhã de manhã, quando Pedro entrar na escola preciso saber!
Nenhum comentário:
Postar um comentário